Ao falar-se de “Direitos Humanos” sempre nos vem à mente a horrível questão da tortura como se essa fosse a única forma de entender a violação de tais direitos.
E logo nos lembramos da antiguidade em que por essa via se obtinha a obediência de quem queríamos subjugar.
Mas tortura não é só isso!
Somos torturados (até por nós mesmos) sempre que “temos” de executar tarefas que mexem negativamente com a nossa forma de ser e estar. E isso é tão frequente que (a maioria das vezes) quase nem nos damos conta. Por exemplo: uma pessoa que, durante uma refeição de grande etiqueta e protocolo, se vê na obrigação, para não dar nas vistas, de comer algo que não e lá muito de seu agrado, se o faz, está ser de vítima de uma tortura, neste caso, imposta a si próprio. Outro exemplo é quando, por falta de emprego ou condições de vida, nos vemos forçados a sair do lugar que gostamos e onde temos as nossas relações e amizades indo para outro onde nada nos é familiar.
Mas – repito a adversativa –, também é tortura, o termos de obedecer a quem não tem mérito para tal. E aqui está todo o busílis da questão, pois, no dia a dia, nos vemos forçados a deixar-nos subjugar por políticos que, não tendo mérito nem escrúpulos, editam, num grugulejar mórbido da sua incompetência, regas, leis e despachos (e não sei que mais?) que colidem com os nossos valores, morais, sociais, económicos, religiosos e de humano amor a nós e ao nosso próximo.
Tortura é a perda da liberdade individual.
Assim sendo, como se hão-de sentir os povos e as nações que se vêem anulados nas suas convicções e direitos de cidadania?
A resposta não me cabe a mim e sim, a cada de nós, consoante os nossos conceitos e – é muito importante – sem espezinharmos os nossos deveres de seres inteligentes e capazes de nos assumirmos como verdadeiros Homens.
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