Há eminências de certos acontecimentos que estupidamente descuidamos – para não dizer, com toda a propriedade, negligenciamos – certos de que as coisas só acontecem aos outros ou só noutros países. Depois, quando algo bate à nossa porta: Aqui d’el-rei que estamos desgraçados!
O optimismo é uma virtude, mas tem limites. Não se podem (ou devem) descurar os sinais que as coisas nos mostram, eivados apenas da boa-vontade e da esperança de que tudo vão ser favas contadas. No Mundo nada funciona assim. Existem imponderáveis que alteram as previsões e, até, o normal curso da vida e (todos) temos de estar, minimamente, preparados para os contratempos e as mudanças provocadas ou naturais.
Pelo que se vê, na governação portuguesa, tudo são rosas e tudo corre e correrá sobre rodas, num desacautelado deixa correr que assusta e dói. Claro que também não somos apologistas do negativismo populista de certa oposição que, quando foi (e teve) poder, se mostrou incapaz de ser e de fazer melhor.
Diz o povo que «no meio está a virtude». Por isso, como na culinária, a dose certa (nem de mais, nem de menos) de optimismo e de precaução é que será o ideal, para que o país e a vida se tornem melhores e mais suportáveis.
A inteligência é, em todos os casos, a mais adequada das medidas a tomar para se evoluir e acabar com as assimetrias que nos acabrunham e deixam exaustos para as políticas e para a ganância dos políticos.
Como, irónica e sarcasticamente, dirá um cego, «vamos a ver» como decorrerão a coisas!?.. É que (parece) já estamos em período pré eleitoral!...
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