Ana Ramon comentou sobre a “Caixa de Pandora; aqui publicada; que «segundo reza o mito, só a esperança ficou retida no cofre que Pandora apressadamente fechou, ao ver que tinha sido vencida pela curiosidade. – E, em esclarecimento, acrescenta: – «coitadas das deusas e mulheres que volta não volta são acusadas de serem responsáveis por todo o mal que existe no Mundo. :))))»
Embora seja homem tenho de reconhecer toda a razão de que está coberta, esta minha amável leitora. Na realidade, apesar dos avanços que a ciência e a filosofia têm tido, ainda, infelizmente, existe quem atribua às mulheres o mal de tudo, pois as considera sem direitos e sem inteligência para grandes rasgos e realizações: eternas submissas ao machismo mórbido de uns tantos loucos e ignorantes.
Essa amarga e injusta teoria deve-se, infelizmente, às religiões que reservam e exigem à mulher um papel de subalternidade deveras acabrunhante.
E – refira-se – não são só, lamentavelmente, as religiões da mais remota antiguidade que o fazem nos seus livros doutrinários. A Bíblia no Antigo e no Novo Testamento, deixam o sexo feminino numa posição muito pouco cómoda, pois as empurram para a obediência cega ao macho dominante no agregado familiar. Outro tanto sucede com o Corão e com bastantes outros escritos de carácter religioso.
A própria Igreja Católica Romana coarcta às mulheres o direito a exercerem o sacerdócio. Vá, lá que num passado não muito longínquo era vedado às mulheres, durante a liturgia, cruzarem (sequer) o arco mais próximo do altar, a não ser para casarem ou serem baptizadas e comungarem. A separação dos lugares (homens e mulheres) só há poucos anos deixou de existir nos templos, por isso nalguns deles é visível a grade separadora.
É triste e dói ver as nossas almas gémeas assim apoucadas!
Mas dói muitíssimo mais ver que, neste início de século XXI, apesar das mudanças, existem situações nada favoráveis às mulheres de todo o Mundo, não havendo a tão apregoada igualdade entre os direitos dos seres humanos (machos ou fêmeas).
É preciso abrir pulmões e gritar, gritar até que a voz nos doa, para que a desigualdade acabe e todos sejam iguais em direitos, mas também em deveres.
Muito mais haveria para dizer sobre tão palpáveis verdades, todavia, prefiro deixar isso à inteligência de quem me lê!...
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