Nada há de mais gratificante para qualquer artista do que saber que o seu trabalho é (ou foi) apreciado pelos outros. Foi o que sucedeu comigo, no passado fim-de-semana, ao querer oferecer um livro meu a alguém de muito afecto para mim, foi-me dito pelo editor que a obra em causa, estava esgotada e que o único exemplar existente, era o do arquivo e que, por isso, não podia ser cedido a ninguém.
Fiquei triste por não ter dado aquele exemplar. Manifestei o desgosto a minha esposa que me admoestou dizendo que eu devia era estar muito alegre por haver quem gosta do que escrevo. Por isso, dando razão à sabedoria de minha esposa, fiquei feliz por, dos quatro livros que já publiquei, todos estarem totalmente esgotados.
Num país em que tão pouco se lê é, de facto, “meter uma lança em África” conseguir tal proeza. E, a esse propósito, ocorre-me questionar: Será verdade que se está a ler mais em Portugal? E caso a resposta seja afirmativa ser-me-á lícito inquirir de novo: Esse aumento de leitores é fruto da diminuição da iliteracia ou das campanhas pró leitura que têm vindo a ser feitas nos últimos anos?
Qualquer que venha a ser a resposta, uma coisa é certa: É bom! É muito bom que assim seja! Pois quer dizer que o país começa a avançar rumo a progresso, graças à diminuição dos iletrados e, em consequência, da ignorância que, por muitos anos, nos acabrunhou, colocando-nos numa escala muito inferior no mapa geral das nações.
Se assim for, fico feliz e grito finalmente: Viva Portugal!
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