Eu já não sei o que sou,
nem sequer p’ra onde vou,
porém sei o que não sou
e sei p’ra onde não vou.
O que sou a ninguém cabe,
p’ra onde vou é mistério.
Tudo o resto Deus o sabe
e há que encará-lo a sério.
Se existir é fantasia
do tempo inexistente,
o Destino é uma via
que me deixa descontente.
Se é que “Cronos” não existe
– como dizem pensadores –
por que é que a tudo resiste
e me fere com mil dores?
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