Dizia o meu avô Augusto, que «só os burros é que não mudam.» É claro que não estava a referir-se aos bichos com essa designação – entendo-o, agora –, mas aos homens que, porque não querem ou porque lhes não convém, teimam em prosseguir com seu pensamento e forma de estar na vida.
Num tempo acelerado pelas tecnologias e pela evolução das sociedades e das doutrinas vivenciais é difícil, muito difícil mesmo, não se mudar – digo eu, com frequência alucinante – os modos de pensar e de ser.
Ontem já não é o dia de hoje e amanhã será também diferente. E toda esta permanente transformação técnica, social, económica, política e conceptual faz com que muitíssimas pessoas não sejam capazes de acompanhar a evolução e, em face disso, adaptar-se à rápida sequência dos factos e das coisas, julgando que tudo é (e está) como na época, remansosa e rançosa – direi, ostracista –, da sua infância e puberdade.
Esta nova maneira de ser e de estar aplica-se, obviamente, às instituições (oficiais e privadas), aos sindicatos, às igrejas (de todas as religiões), às empresas, aos governos (sobretudo) e (em especial) aos partidos.
O que se tem visto é precisamente o inverso. Os responsáveis de todos os organismos que citei, talvez por uma questão populista, continuam com um discurso perfeitamente inadaptado ao evoluir das coisas e da vida, perdendo-se em ideias e valores ultrapassados que só convencem os papalvos que não procuraram (pelo conhecimento) acompanhar a marcha célere das conjunturas, sempre em mudança.
Seja-se coerente e vá-se em frente! Aprenda-se a ser «homem novo» – como (bem) diz o apóstolo Paulo!
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