Recebi, ontem, uma carta de pessoa amiga que se encontra no Canadá e fiquei surpreso com o tempo que os correios internacionais levaram a transportar uma missiva de um país para outro.
A carta em causa, desde que foi posta no marco do correio até chegar a minha casa, levou dez (10) dias. Ora num tempo em que há aviões (quase) a toda a hora do Canadá para Lisboa, não se entende tamanha demora.
Ao menos, valha-nos isso, a mensagem chegou ao destino, mormente a delonga no transporte daqueles vinte gramas de papel, recheado de emoções e sentimentos de amizade e muita saudade!...
Agora compreendo bem a célebre frase «levar a carta a Garcia.»
Se a epistola que recebi ontem, com endereço correcto aposto no frontispício do envelope e transportado por via aérea, lavou dez dias a chegar, muitíssimo maior feito (perdoe-se-me a redundância gramatical) foi, na verdade, o carteiro militar, no meio de uma guerra, com as tropas em permanente movimento estratégico, entregar uma carta, sem endereço, transportada a cavalo, ao General Garcia que ninguém, pela conjuntura do momento, sabia onde estava.
As tecnologias avançam, mas não sucede o mesmo com os meios que exigem procedimentos à moda antiga. Será falha humana ou será erro motivado pelas contingências do nosso tempo?...
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