O Consumismo do tempo presente, cria dias de/e para tudo. Amanhã, 14 de Fevereiro – festividade religiosa dedicada a S. Valentim –, é Dia dos Namorados e, daí, surge a oportunidade para os comerciantes de meterem na caixa registadora mais alguns patacos, gastos pelos clientes, na compra de prendas a oferecer ás suas ou seus “mais que tudo”.
Por nós, não vamos nessa e preferimos recordar nesse dia o aniversário de um grande Homem de Deus – Liberal de quatro costados, que, por isso, esteve na eminência de ser fuzilado –, que foi Bispo de Viseu, sendo ilustre frade franciscano.
Dizia ele, nos seus sermões e escritos: «Na minha Diocese quero padres que amem o próximo no amor de Deus, não quero jesuítas que explorem o próximo em nome de Deus.»
Este homem que, de escopeta ao ombro lutou pela causa do liberalismo em Portugal, amava o seu rebanho e dava tudo pelo seu bem, especialmente dos pobres, de tal forma que, quando morreu, apenas tinha de seu o hábito que lhe cobria o corpo.
Na estátua que, em Viseu, o lembra está inscrita uma frase sua que reza assim: «A religião deve ser como o sal na comida, nem demais, nem de menos, só o preciso.»
Daqui se infere que D. António Alves Martins; não alinhava em fanatismos doentios de beatas de sacristia, nem – como ora se diz – em fundamentalismos que a nada levam, senão à dor, à morte, ao medo e ao desespero dos que de tal acabam por ser vítimas.
E foi, obviamente, esse seu lúcido pluralismo de pensamento que o levou, contra tudo e contra todos, a contestar, veementemente, a “infalibilidade papal”, no decurso do pontificado de Pio IX.
Infelizmente, já não se fabricam homens destes!...
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