Por volta de 1945 até finais de 1947 – lembro-me muito bem –, tinha a 2ª Guerra Mundial chegado a seu termo, a míngua de bens alimentares, em Portugal, era tanta que o “velho ditador” de Santa Comba Dão recorreu às senhas de aquisição como forma de racionar os alimentos mais usuais no dia a dia, como por exemplo, o pão.
Apesar de nunca termos sido excedentários na produção de trigo, o Alentejo era, nessa altura e de certo modo, o celeiro nacional. Todavia, e mesmo assim, tínhamos de importar esse e outros cerais de que carecíamos quer para consumo humano, quer para o dos animais domésticos.
Com a crise das produções mundiais do trigo e por causa da concomitante subida dos preços, nada nos espantará que, por este caminho, não tarde a termos de voltar ao tempo do racionamento e das senhas de aquisição.
É – dirão – a recessão económica a causadora desta triste, porque lamentável, situação!...
Pois, ao contrário, eu afirmo que a culpa é dos homens que não se dão (ou não querem dar) conta que o Planeta tem de ser cuidado respeitosamente para que não se altere o clima e afecte (como vem sucedendo) as produções agrárias.
O panorama começa a ser preocupantemente feio e urge que os homens gritem, por todos os meios ao seu alcance, a sua revolta e indignação, afim de que os governantes mundiais despertem, de uma vez por todas, e procurem, exaustivamente, soluções para a recuperação do planeta e do seu clima.
É duro dizer isto; mas, na realidade, os governantes, por ganância e incompetência, dão (salvo raríssima e honrosas excepções) grandes mostras de burrice.
Até quando, ó Gentes, até quando?...
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