Queixam-se, com muita razão, alguns professores, com quem me dou, que, devido a ter-se acabado com a formação e especialização na área do Ensino Especial, as dificuldades, (claro, por absoluta falta de preparação) sentidas são imensas e diversificadas quando, numa turma, têm alunos com deficiência e, por isso, a necessitar de apoio diferente ao resto dos discentes.
Não sei quem foi o “iluminado” que acabou com tal tipo de formação (nem isso vem ao caso), mas sei, por experiência própria (como pessoa com deficiência) e porque muitas vezes fui convidado a dar aulas (e até cursos) sobre essa problemática, o quanto era salutar e indispensável – aos professores – obterem conhecimentos em tão importante, quanto vasta, matéria.
Cada caso é bem diverso do outro, de acordo com cada tipo de deficiência, mas se houverem algumas bases académicas a servirem de suporte ao trabalho didáctico/pedagógico, da pessoa que tem a nobre e difícil missão de ensinar (e mesmo educar), a tarefa torna-se rendável e agradável, porque com resultados muito (ou mais) positivos.
Acabou-se com essa formação provavelmente tendo em vista o facto de que há que dar a todos os cidadãos um tratamento de igualdade e autêntica integração social, com que concordo plenamente.
Todavia, essa louvável atitude, na prática, não resulta. Porque, para lá das boas intenções morais e filosóficas, é fundamental estar, devidamente, preparado para as várias situações que o docente vai encontrar na sala de aulas. Sem conhecimento (empírico ou escolar) não é possível ter sucesso, seja no que for.
E os erros, no campo da formação humana, têm sido tantos e tão graves, que corrigir mais este – voltando à formação e especialização dos professores para o chamado Ensino Especial – é urgente e totalmente necessário. Tenhamos disso consciência!
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