A evolução natural das coisas, conduz, muitas vezes, a períodos de muita convulsão social e, até, moral, pois não é fácil entender e aceitar a mudança, sobretudo quando não se têm conhecimentos e/ou abertura adaptativa para tal.
Muitos de nós ficamos bloqueados com o que é novo, quer seja material, quer seja ideológico e entramos, desgraçadamente, em contestação subconsciente ou mesmo efectiva, com actos que, normalmente, nunca nos passaram sequer pela cabeça, nem como realidade, nem como mera fantasia.
O avanço da ciência, nestas últimas décadas, tem sido, para os leigos, verdadeiramente alucinante de tal modo – acho que já disse isto noutra ocasião – que o que ontem era uma certeza incontestada, hoje, com uma nova descoberta, deixou de ser. E esta (óptima) instabilidade leva a que os menos preparados entrem conflito não só consigo mesmos, mas, lamentavelmente, com quem os rodeia.
É esse mal-estar – direi: de certo modo colectivo – que produz toda a agressividade dos nossos dias e, também, ocasiona estados de depressão individual formadores de doenças neurológicas, espirituais e físicas cada vez em maior número e com terapêutica difícil de encontrar e de executar eficazmente.
Por isso, se mata sem motivo, se fere o nosso semelhante na alma e no corpo e se destroem valores e bens que não nos pertencem.
Como solucionar o problema? Na minha modesta maneira de ver, com um Ensino e Educação mais correcto, na forma e na essência, que valorize os docentes de modo a levá-los a um maior empenhamento na sua missão, de preparar os seus discentes para o impacto das mudanças, constantes e céleres, de cada dia.
E isso passa pela renovação dos quadros e pelo incentivo da efectivação e jamais, como sucede hoje, pela precariedade e pela incerteza, permanente, de colocação desses mesmos quadros.
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