Diziam-me, no tempo em que fui educado, que «há pessoas e Pessoas.» De facto ninguém é igual. É essa diferença que nos caracteriza e identifica como Seres Humanos.
Assisti, ontem, ao funeral de um homem de 51 anos que, por um pequeno fracasso na sua vida de empresário, foi forçado a passar um tempo (curto) numa cadeia. Cumprida a pena, saiu. Mas eivou-o um tal sentimento de vergonha que se apagou para o mundo, acumulando depressões, em tal continuidade, que acabaram por lhe encurtar a vida.
Ao vermos passar o féretro, minha esposa comentou: «Este homem que não prejudicou ninguém, apenas quis facilitar a vida a pessoas menos dotadas, porque esteve preso, somatizou vergonhas, quiçá culpas, sem medida e apagou-se. Fulano (o nome não importa) que espoliou e prejudicou uma multidão de gente e que esteve preso um ror de anos, quando saiu da prisão, mudou de terra e continua a viver como se nada tivesse acontecido, certamente praticando os mesmos actos…
Pois é! Um era um homem bom e digno que se auto flagelou pelas suas culpas, pagando com a vida essa honradez. O outro, sem sentimentos ou escrúpulos, vai em frente, prosseguindo um caminho tortuoso e pouco digno, sem se importar com nada.
Por isso eu repito o que aprendi em menino: «Há pessoas e Pessoas!...»
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