sexta-feira, agosto 24, 2007

Caridade

O Apóstolo Paulo fala, nas suas cartas, de caridade. E diz, quase como o Dalai Lama, que caridade é sentir compaixão pelo nosso próximo e, de todas as formas, procurar minimizar-lhe o sofrimento seja ele qual for.

Pois é!... Só que há quem pense – em nossos dias e também houve no passado – que caridade é dar esmolinha aos que a pedem e… pronto, está cumprida a obrigação de solidariedade que cabe a cada um!

Bela maneira de descartar responsabilidades e, por outras palavras, de «sacudir a água do capote»!

Os (maus) governantes do Mundo ainda cuidam que com indemnizações ficam sanados os estragos físicos e morais causados pelas guerras por eles ateadas. Esquecem-se (os pobres loucos) que, para a dor das perdas de pessoas e de valores que norteavam ou norteiam as vítimas, não existe indemnização com força para repor a normalidade.

E os afectos perdidos, quem e como se compensam? E as humilhações sofridas, quem e como se aliviam?

Esquecem-se esses péssimos mandadores que a melhor e maior compensação para tais males, era ter sabido resolver as coisas sem nunca recorrerem à violência da guerra.

A violência – digo eu – mata todo o conceito de caridade, que o mesmo é dizer, de Amor! Quem ama não guerreia, entende e entende-se com os outros, na verdade e na paz!

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