Era ainda menino, andava na quarta classe, e já me preocupava com as questões ambientais. E tanto assim era que “inventei” (não sei se a palavra será a mais adequada, pois tal não passou de um desenho insípido e pouco esclarecedor das imensas ideias que povoavam a minha imaginativa cabeça) um automóvel eléctrico cuja particularidade era ele próprio fornecer a energia de que precisava, usando os pontos mortos em que não necessitasse da energia para a sua própria locomoção.
A ideia – sei-o, hoje – não era tão disparatada quanto possa julgar-se, só que estávamos em 1947/48 e eu era alguém sem recursos, sem apoios e sem meios técnicos e/ou conhecimentos científicos para investigar, experimentar e executar o quer que fosse, nem nessa altura, nem mesmo depois de me tornar adulto.
Eu sabia, dizia-mo a minha intuição e a observação da Natureza, que algo tinha de ser feito, com certa urgência, para travar a poluição da atmosfera e, dessa forma, a degradação do nosso planeta.
Passou tempo, correu muita água debaixo das pontes, envelheci, Mas a questão de que me apercebi – era um rapazinho de calções e sacola dos livros às costas – continua cada vez mais viva, pertinente e preocupantemente a exigir soluções drásticas (os “paninhos” quentes não levam a nada), para que imediatamente se achem soluções eficazmente capazes de solucionar tão grave problema.
Que assim seja!
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