Fala-se tanto – nos nossos dias – em “Guerra Santa” (Jihad Islâmica) que, de um modo ou de outro, se está a gerar um clima de desconfiança e medo em torno da expressão, associando-a, natural e imediatamente, a actos de violento e cruel terrorismo.
Claro que há fortes razões para que assim seja. As notícias das televisões põem-nos, diariamente, à frente dos olhos, cenas e acontecimentos que mostram o quanto o homem é carrasco e vítima do próprio homem. E não há ética ou moral que valha!... Tudo se permite e tudo se usa!
Diremos, nós, os ocidentais cristãos, cuidando ter a razão do nosso lado: Somos impolutos, por mor da nossa religião, que é de tolerância e entendimento, nunca desenvolvemos actos semelhantes de “guerra santa”!
Oh! Como somos tontos! Então as Cruzadas foram o quê?
“Guerra santa”?! Que intolerância e que loucura!...
Um dia – contam os evangelhos –, os discípulos, exaltados por os Samaritanos lhes terem negado acolhimento, disseram a Jesus: «Quereis que mandemos do Céu um fogo que os destrua?» Que não – respondeu o Cristo –, que não competia aos homens punirem naquilo que só a Deus diz respeito.
Isto é verdadeiramente sublime e maravilhoso, porque é a negação às “guerras santas”, feitas por homens contra outros homens, ainda que ajam ou pensem de forma que (a nós) nos possa parecer contrário aos mandamentos divinos. Isto é o não, peremptório e definitivo, a todas as “guerras santas” sejam quais forem. Isto é Amor!
E é assim que deve ser. O contrário é ódio, é crime e tem de ser erradicado da face da Terra, não pela violência, mas pelo diálogo, pelo exemplo edificante, numa palavra: pelo Amor incondicional e sincero, cultivado e executado por todos os homens sem excepção.
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