Conheço pessoas que são verdadeiros esquilos. Guardam tudo: o velho e o novo; o que precisam e o que já não lhes faz falta. Enchem espaços com coisas que lhe não são úteis e, pior, em muitos casos, inconscientemente, promovem verdadeiros antros atentatórios à saúde, pois criam nichos propícios ao desenvolvimento de ratos, insectos e outras bichezas causadoras de epidemias perigosas para o ser humano.
Ser poupado, ser económico, ou não destruir património é bom e louvável. Usá-lo, quando já não o queremos, em proveito dos outros é digno de almas sãs. Pôr aquilo que é testemunho do passado ao serviço, pedagógico, das gerações vindouras, cedendo-o a museus, é motivo de orgulho para o dador e seus descendentes e merecedor de altas comendas.
Mas… (cá vem a malvada adversativa) ao contrário aferrolhá-lo, sem préstimo, nem cuidado, é crime (pelo menos no plano moral). E será, seriamente, punido quando um dia tivermos de dar contas ao Criador Supremo. Disto não tenhamos a menor dúvida! O dizer: «era dos meus passados, não o dou, nem o vendo,» é egoísmo aberrante e abominável que só merece críticas severas, pois não serve a ninguém, nem ao próprio, nem ao seu semelhante.
É por causa de tal pensar que (tantas vezes) vemos terras a monte a criar silvas e matagais, com bichos perniciosos a infestarem esses espaços abandonados e a causarem doenças e receios às populações circundantes.
O que não nos serve, pode, muito bem, servir a outros com carências várias!....
Sem comentários:
Enviar um comentário