sábado, junho 02, 2007

Poesia sem rima

Encontrei-te finalmente. Sem ais,

Nem Oh! Foi o silêncio dum deserto.

Olhei-te todo impante e, sem mais,

Eu fugi, muito louco, mas desperto.

A obsessão da métrica é loucura,

É cadeia com grades invisíveis.

Por isso, em minha tão sóbria postura,

Eu me enleio nas coisas mais plausíveis.

Não sou, bem sei, bom poeta a fazer versos,

Porém sei, isso, sim, é que meus gritos,

De dor e liberdade, são impressos

Nas transcendentes letras que cogito.

Gostava de ser águia p’ra vogar

Na fantástica essência da verdade

E transformar em anjos de brincar

As loucuras que escrevo à puridade.

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