segunda-feira, junho 11, 2007

Mais uma vez: Ecologia

Aquela árvore, perdida no meio do capim amarelado da savana, crestada pelo sol, era a memória, desoladoramente triste, do que, em tempos, fora uma selva plena de arvoredo de grande porte, quer na altura dos espécimes, quer na verdura exuberante das copas., onde andarilhava uma vastíssima multidão de bichezas.

Esta imagem será, não só da Africa de hoje, mas, muito em breve, de muitos outros lugares da Terra, onde ainda vicejam florestas, se, estúpida e teimosamente, insistirmos em não tomarmos atitudes que evitem o caos em que estamos a deixar-nos cair.

Porque esta inquietante realidade não é mera figura de retórica, há que insistir com veemência e convicção a toda a hora, em todos os lugares e junto de toda a gente, pois se o não fizermos, com urgência e premência, nada legaremos de bom e de belo aos vindouros que, por mor dos nossos erros, poderão nem chegar a nascer, até que o Planeta Azul, nuns bons milhões de anos, consiga regenerar-se e voltar, de novo, a ter um outro animal (dito, nós não estamos a sê-lo) inteligente e parecido connosco, mas incapaz de cometer os erros que nós, por ganância, estamos a cometer.

A destruir, leva um segundo. A construir ou restaurar, demora séculos. E é por isto e para isto que nunca devemos deixar de estar atentos e empenhados, sob pena de, tal como os políticos dos nossos dias, virmos a ser julgados e condenados pela História que alguém há-de escrever.

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