Fala-se muito em globalização, na aldeia que é o Mundo, na interacção dos povos etc,, etc., mas a realidade, ao que nos é dado ver, é um tanto diversa desse modo de pensar e agir.
Se não, vejamos: a globalização leva à uniformização da sociedade, quiçá da técnica e do pensamento. E daí surgem as empresas multinacionais que asfixiam e eliminam as pequenas e médias estruturas comerciais, industriais e de serviços, quer nos países ricos, quer nos de menores recursos, nestes últimos (como é o nosso caso) acabam mesmo por acentuar as desigualdades económicas e sociais, não melhorando, como seria óbvio, a qualidade dos produtos ou dos serviços, porque tudo passa a ser feito em série em que a quantidade é o que unicamente importa (a quantidade aumenta o lucro) e, por isso mesmo, se torna fácil haver erros ou simples imprecisões no “controlo de qualidade”.
Dantes, nas pequenas e médias empresas., o cliente sabia, á partida, que ia ter um tratamento personalizado e que o índice de satisfação atingiria a ordem aproximada dos 100%, pois o empresário e os seu funcionários empenhar-se-iam para agradar ao “velho e amigo” cliente. Ora, hoje tudo é impessoal: a menina do atendimento, o (ou os) operador(es) que executam a encomenda, o transportador, enfim, toda aquela máquina humana envolvida.
Depois surgem as falhas. Estamos – um entre milhares – a reportar-nos ao caso de uma multinacional (cremos que francesa) de lavandaria que, depois de ter “lavado” (?) uma peça de roupa branca de algodão, a entregou com uma mancha amarelada no bordo e pessimamente passada a ferro.
Tal nunca sucedeu quando íamos à lavandaria do bairro, (encerrada por mor das multinacionais) à Senhora D. Alzira (o nome é fictício) e ela e a sua empregada executavam, hábil e criteriosamente, o trabalho, dando toda a satisfação aos seus fregueses.
Comentários… para quê?...
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