Ontem fui passear para Parque Municipal de Fontelo – o maior e melhor pulmão da Cidade de Viseu – e fiquei triste, muito triste mesmo. Aquela belíssima mata para onde, eu e muitos jovens do meu tempo, íamos estudar em vésperas de exames e fazer passeios ecológicos com as namoradas, aproveitando a frescura aromática das árvores seculares, já não é nada do que era.
Há – nota-se a cada passo – grande descuido, quer no tratamento dos espécimes vegetais, quer nos equipamentos que integram o espaço que já foi património residencial dos Bispos de Viseu.
Uns sanitários existentes, por (provavelmente) falta de condições de higiene e por avançado estado de degradação, foram demolidos. Muito bem, estamos de acordo! Mas, ao contrário do que seria previsível e necessário, não foram substituídos por nova estrutura que sirva as mesmas funções. Por outro lado, uma bonita, útil e rústica ponte de madeira que dava continuidade a uma senda pedonal, por mor da sua vetustez e do rigor do Inverno, entrou em colapso e para ali ficou a exibir as suas, agora, feias ruínas, numa mostra do desprezo a que foi votada. Umas “jaulas” que, (erradamente, diga-se) em tempos, albergaram mamíferos e aves selvagens, apresentam uma feia imagem de abandono.
Isto confrange e dói e não é digno de uma Capital de Distrito que se ufana da sua beleza e do seu progresso. Onde estão os ecologistas desta terra ou o que andam eles a ver e a fazer?...
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