Todos sabemos que viver é uma coisa tremendamente difícil. Implica redobrada atenção, para não serem cometidos erros que afectem a integridade moral, psíquica e física nossa e de quantos nos envolvem nas relações quotidianas do cruzar ombro com ombro e dos afectos que damos e recebemos aos e dos que mais queremos. Pois eles são, directa ou indirectamente, carne da nossa carne na simples trajectória dos caminhos percorridos, com entusiasmo e também com dor, rumo á eternidade prognosticada desde a nossa concepção.
Daí que a indecisão, a dúvida, e o medo sejam o “pão-nosso de cada dia” das pessoas conscientemente bem formadas e, por isso, portadoras de princípios e valores educacionais e sociais que as tornam padrões a luzir no plano subjectivo da convivência e da sobrevivência, num meio naturalmente cheio de afiadas saliências que, a cada instante, podem ferir e destruir o normal avançar do individuo na maravilha e no sublime mistério do Ser e do Estar existencial e existencialista, na sua inequívoca e irrepetível unicidade.
Por tudo isto, no seio das incertezas que nos enchem e preenchem, há que acordar, diariamente, plenos de esperança, para termos a força necessária para fazermos melhor do que fizemos na véspera e, desse modo, sem alarde e destemidamente, sermos capazes de “levar a carta a Garcia”, levantando um pé de cada vez, na convicção serena, de calcorrearmos, sem pejo, a senda certa, embora efémera da Vida.
Que assim seja!
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