segunda-feira, maio 21, 2007

Filosofando...

- «Tu também estavas lá?» – é uma pergunta que surge no romance “Ben-hur” sobre a morte de Jesus, no Calvário. E de outra forma, mas com igual intenção, o jornalista e escritor Baptista Bastos, costuma inquirir: - «Onde estavas no 25 de Abril?»

A subjectividade de ambas as questões é a mesma ou seja, é um modo, discretamente perceptível, de conhecer a posição ou responsabilidade física e moral em um qualquer acontecimento relevante da História contemporânea do inquirido.

E as questões que se colocam a cada um a cada instante são tantas e tão variadas que não haveria espaço, nem tempo para serem, sequer formuladas. A cada segundo sucedem factos, favoráveis ou indesejáveis, que nos afectam e marcam para o futuro e de que nem nos apercebemos. Mas a verdade e que eles existem e têm influência nos comportamentos sociais para o devir. A sua dimensão e importância é que pode variar consoante o nosso estado evolutivo humano/cultural e de acordo com a nossa disponibilidade anímica para os aceitar ou rejeitar.

Os homens são fruto das circunstâncias e da capacidade de apreensão dos factores naturais ou não que, em sucessão, vão ocorrendo paralela e transversalmente ao nosso viver. Mas são, também e sobretudo, resultado do grau de aprendizagem que obtiveram, durante um apressado caminhar para a meta final das suas efémeras existências. A conjuntura muda, todavia o conhecimento fica a responsabilizar-nos pelos êxitos ou fracassos com que contribuímos ou não para essa mudança, seja ela óptima ou péssima.

Ontem, como hoje e, possivelmente, amanhã haverá perguntas de duplo sentido a fazer tendo em vista à obtenção de um mundo e de uma vida melhor, contudo a sua validade e utilidade, depende, somente, da forma a da finalidade com que as soubermos fazer, pois «de boa vontade está o inferno cheio!...» – Diz o povo e talvez tenha razão.

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