Há coisas, nas igrejas de raiz cristã, que, hoje, me são um tanto incompreensíveis e bem difíceis de aceitar. Por exemplo: Cristo, dizem os evangelhos, ressuscitou! Então, se ressuscitou, porque levam Jesus, pregado na cruz, de casa em casa na visita pascal? Se Ele ressuscitou, não deveria ser levada, sim, uma imagem sem a cruz, tipo Cristo Redentor?
Outro exemplo: Na cerimónia de Sexta-Feira Santa, em dado momento, procede-se “à adoração da cruz”. Quanto a mim, parece-me, neste caso, são cometidos dois erros graves. O primeiro é dizer-se “adoração” quando nos Mandamentos da Lei de Deus se diz que «só a Deus adorarás». O segundo é a “adoração” de um instrumento de martírio e morte. Então por que não venerar a forca, a guilhotina ou a cadeira eléctrica que também são instrumentos de martírio e morte? Não será isto fetichismo religioso?
Caramba! Estamos já no século XXI e não ainda nas trevas dos tempos da Inquisição!
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