Actualmente, com um comércio de competição agressiva, os “Dias de…” (eles são tantos!) já não são, como deviam, para comemorar ou então para meditar e tomar decisões justas que resolvam os problemas da vida que esses dias evocam. Hoje a maior parte destas efemérides transformam-se, em escala assustadora, em meros pretextos para o consumo, a mais das vezes, supérfluo, porque não sentido, nem vivido. É, apenas, fogo de artifício que estoira com mil cores e sons, mas que, depois, deixa o vazio, o nada nos corações e nas almas.
Dia de S. Valentim… Pois é! Dia dos apaixonados!?... Será?
O que se vê é que o bom do Santo, lá nas alturas onde subiu, deve estar com ar carrancudo, a olhar os enamorados a gastarem os últimos cêntimos dos seus porta-moedas na compra de bugigangas inúteis e, quantas vezes, desenquadradas do sentimento que ele queria (e quer) inspirar aos casais, e que é, afinal e tão simplesmente, o entendimento mútuo na reciprocidade das ideias e dos actos.
Uma palavra, um gesto são as coisas mais importantes e que as pessoas de bom-senso mais gostam de receber, porque a melhor de todas as prendas é o afecto e a sinceridade. Tudo o resto é bom e é bonito, mas é consumismo!...
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