As pessoas, com o tempo e com a aprendizagem que o mesmo traz, vão mudando seu pensamento e forma de acção. Pelo menos será essa a análise que se tira com o correr dos anos. Mas ao que parece, nem sempre assim sucede e há muito boa gente – e até dirigentes de instituições – que, por orgulho e sobretudo falta de humildade (eu próprio, algumas vezes, também sou acometido por esse pecado), ainda se não deram conta das mudanças e teimam em fazer, como sempre fizeram.
Camões dizia, e muito bem, que «o mundo é feito de mudança» e, sendo assim, há que entender e caminhar, decididamente, no meio das alterações com que não contávamos e a que não estamos ainda habituados, pois viemos de outro século com outras vivências e com outros (pre)conceitos. Mas isso, não pode, nem deve, de modo algum, levar a que nós, os mais velhos, estejamos sempre a lamentar-nos: “Ai, no meu tempo…”
O passado já lá vai e a cada instante é presente. Vivamos, por isso, com força todas as vicissitudes do presente – embora ele se nos apresente dolorosamente trágico – e sigamos – com muita coragem e, se possível, muito bom humor – rumo ao futuro, na legítima esperança de que o Sol raiará, brilhante e formoso, para a humanidade do porvir e não para nós, pois o não merecemos, visto que só temos cometido e continuamos a cometer erros, sobre erros, alterando o equilíbrio universal da Natureza, pondo em risco a sequência harmoniosa do Planeta Azul que é, afinal, «a nossa casa», digo: única casa.
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