Ao tomar conhecimento – muito tardiamente – do falecimento de Monsenhor Bento da Guia, em Moimenta da Beira, veio-me à memórias a longa conversa que tive com ele, uns meses antes do Centenário do Nascimento de Aquilino Ribeiro, em que ele me indicou o Padre Cândido de Azevedo de Sernancelhe, para obter as pistas necessárias à identificação do lugar em que o grande escritor português havia nascido.
E foi graças à prestimosa ajuda desses dois grandes estudiosos das “Terras do Demo” que me foi possível chegar à conclusão – como publiquei na altura, que Aquilino não nascera, como é voz corrente, em Carregal da Tabosa, mas, sim, no velho e arruinado Convento da Tabosa, distante dali uns três quilómetros, onde uma das ultimas freiras residentes o aparou na hora de vir ao mundo.
Ao falar de Monsenhor Bento da Guia é-me lícito referir que Mestre Aquilino tinha por ele grande estima e consideração a ponto de – como confidenciou, certa vez – um dos últimos faunos do livro “Andam Faunos pelos Bosques” ter sido hipoteticamente inspirado na pessoa de Bento da Guia, o qual, ao que consta, não gostava nada de tal comparação, pois parece-nos se não coadunava nada com a personalidade do ilustre sacerdote.
Onde quer que esteja, eu tiro o chapéu, numa reverência de muita estima e amizade, ao grande investigador, pedagogo e cidadão que foi Monsenhor Bento da Guia!
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