Estava eu a enviar uma mensagem de Boas Festas, em correio electrónico, e ocorreu-me que as Instituições culturais e de solidariedade, à semelhança do que vem a suceder, de há uns anos a esta parte, por mor do aperto de cinto nas comparticipações oficiais, vivem – não devia, de modo nenhum, ser assim –, como o cidadão comum, em época de grande contenção de despesas deixando, por isso, de cumprir cabalmente os objectivos dos seus programas de acção social.
Fazer corte nas despesas, quando os meios são escassos, é prática corrente e naturalmente aceitável, mas há despesas e gastos supérfluos… Aceitamos a poupança no que é prescindível, contudo não somos capazes de entender que a contenção venha a travar ou dificultar a reabilitação de cidadãos com deficiência ou o tratamento e o apoio a pessoas idosas. Uns e outros são indivíduos que constituem o todo humano que povoa o planeta Terra. Fala-se e gastam-se chavões a proclamar a defesa da Diversidade E discriminam-se os “velhos” e os “deficientes”, cortando-lhes meios para sobreviverem com dignidade, como se essas pessoas fossem o lixo da sociedade e, por tal razão, terem de, rapidamente, ser eliminadas e lançadas no contentor que as leva para o aterro sanitário da humanidade.
Por que se gastam milhões em nadas que nada valem, nem nada beneficiam? Vejam, por exemplo; as dispendiosíssimas iluminações de Natal, nas cidades. Que contenção houve nesse aspecto? Não seria possível economizar aí uns largos milhões? Não era preferível suster alguns desses exageros consumistas em proveito de acções muito mais “válidas” de ajuda humana a quem precisa, durante todo o ano?
A grande iluminação natalícia tem de estar na mente e no coração dos homens e, jamais, nas iluminações feéricas das ruas!...
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