sexta-feira, novembro 17, 2006

Oposição ou destruição?

Devo confessar que estou a ficar velho, porque ouço e vejo os noticiários das televisões e dos jornais e há muitas notícias e factos que me deixam apreensivo e deveras confuso. É o caso dos políticos ou”politiqueiros” que acusam os governantes disto e daquilo: tudo péssimo. Para, logo de seguida, surgirem afirmações internacionais e agora também do próprio Presidente da República que apoiam a actuação desses governantes.
Em que ficamos, afinal? Quem tem razão, os governantes que teimam em tomar as decisões ou os políticos opositores que os acusam e criticam severamente? E quando estiveram na governação, fizeram, por acaso, melhor?
Eu, por mim, só aceito comentários de quem for mais sabedor do que eu ou de quem seja capaz de fazer melhor do que eu faço ou fiz. Isto que pode ser tido como uma impertinente falta de humildade, não o é, de modo nenhum. Assim também, acho eu, quem, quando teve poderes para tal, foi incapaz de mudar o país para um verdadeiro jardim, também agora não tem força moral para dizer o que quer que seja, salvo se o fizer com sentido de ajuda e colaboração e não com intenção de estragar para vir a retomar o poder e, dessa forma, voltar a ter audiência e importância no meio em que pretende imperar de novo.
Quando abandonei (por falta de cumprimento de promessas oficiais) um empreendimento que, com tanto amor, criei houve pessoas, com sérias responsabilidades no aparelho do Estado, que disseram: «Não faz mal! Nós pegamos naquilo e vamos para a frente com o projecto!» Já passaram dez anos e ninguém mais foi capaz de cumprir aquela falácia. “Aquilo” que tinha boas pernas para andar está, ainda, sem que ninguém lhe pegue até ao dia (penso que breve) em que as paredes construídas desmoronem e sejam meras ruínas de um belíssimo sonho que a estupidez e a inveja dos técnicos de um organismo estatal destruíram.
Falar é fácil!...

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