Quando alguém está sozinho – falo por mim – põe-se a magicar nas coisas mais incríveis e menos viáveis de acontecer ou tornar possíveis. Há tempos, eu acreditava – num desses tais momentos de solidão reflectiva – que era capaz de me elevar no espaço, vencendo a lei da gravidade apenas através da minha “força mental”.
É um disparate, bem sei! Todavia, é (parece-me) um disparate muito saudável, porque, não passando de um sonho, era aquilo a que o Dr. A. Rómulo de Carvalho (António Gedeão) chamou de “sonho” e acrescentou concluindo «quando o homem sonha, o mundo pula e avança.»
Realmente foram os sonhos dos homens que trouxeram os grandes inventos e nos puseram ao dispor os mais avançados meios de viver e sobreviver num planeta que, sendo a nossa casa, tem muita agressividade no seu rodar pelo espaço infinito.
A Terra é um planeta com vida a emergir de todo o lado, mas é um planeta em que é necessário criar defesas contra tudo o que pode destruir-nos e destruí-lo. Não estamos num mundo doce e suave, feito só de rosas e belas orquídeas, estamos num lugar de contrastes e conflitos da Natureza e, também, do Ser Humano que, insensatamente, não cuida, como era sua obrigação, de salvaguardar a sua (única) casa e a conspurca a cada instante e a degrada na ânsia, tantas vezes fútil, de enriquecer para gozar o “dolce fare niente” e, em consequência, morrer de tédio e fastio de viver.
Eu grito à minha maneira, os ecologistas (filiados em organizações afins) também o fazem, contudo, desgraçadamente, ainda há milhões de ouvidos moucos que é preciso fazer com que escutem e vejam (ou queiram ver) uma realidade palpável e preocupante.
Que ninguém desista, nesta luta fundamental pela Natureza e pelo Homem que dela faz parte!...
quarta-feira, novembro 15, 2006
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