Há, na Igreja Católica Apostólica Romana, coisas que, por mais que me esforce, não consigo entender. Será porque a minha instrução é insuficiente? Será que sou mesmo burro? Ou serão as duas coisas que existem em mim?
A questão pode pôr-se de uma outra forma bem mais concreta: O que é um santo? Aprendi, quando andava na catequese – já lá vão um ror de anos!... – que um santo era alguém que, pela sua fé em Jesus e
Se assim é, expliquem-me, então, por que é que, em Portugal, a Rainha Isabel (piedosa e ilustre esposa de D. Dinis) foi considerada santa, e as Rainhas D. Leonor (sublime criadora das Misericórdias) e D. Estefânia (lutadora pelo bem das crianças, a ponto de ter criado o primeiro hospital pediátrico do país) o não são? E há mais que seria fastidioso, pela vastidão da lista, enumerar.
Foi pelos milagres, dirão. Quais milagres? O das rosas? Em que ficamos: o “célebre milagre das rosas” foi a nossa Rainha Isabel que – como diz o povo – o fez ou foi a sua avó Isabel da Hungria que, efectivamente, o realizou?
Ah! A Rainha Santa Isabel de Aragão (diga-se de Portugal) era muito esmoler. As outras rainhas também o eram. Ela – acrescentam – concretizou o milagre de, em plena batalha, ter conciliado pai e filho, em desacordo de ideais.
Pois sim! Não o contesto, Mas, então, será milagre um marido que a amava e respeitava profundamente e um filho que, também, a amava e respeitava de forma mais que evidente terem posto termo a uma contenda entre eles? Afinal – ó Deus! –, os cemitérios estão cheios de Santas e Santos dignos de serem venerados nos altares e de terem seus nomes inscritos entre o dos bem-aventurados!...
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