segunda-feira, fevereiro 18, 2013

Poeta envergonhado


Canta, canta se és cantor,
Segue esse teu nobre fado.
Não quedes envergonhado,
Cuidando-te sem valor.

E se és poeta, anda: verseja;
Revela teus sentimentos,
Espalha-os aos quatro ventos
P’ra que o mundo, assim, os veja.

Grita forte a tua dor,
Não fiques nunca calado,
‘scondido em qualquer valado
A vivem sem fé e amor.

Tu és pássaro cantor
Tens, Homem, um belo fado.
Não vivas amargurado,
Morrendo sem dar calor.

Se és acha bem acendida
Vai adiante a cantar
Lança canções pelo ar
E dá cor à tua vida.

Ser Poeta, oh! é ser assim,
Viver sempre em frenesim
E florir como um jardim!...

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