O Papa Bento XVI diz, no seu último livro, que o burro
e a vaca não têm cabimento no Presépio, pois são, apenas e só, figuras
introduzidas, na Idade Média, (talvez) para representar a Natureza que
Francisco de Assis tanto respeitava.
Não concordo com o Papa, já que se diz, nos textos
sagrados, que José fazia transportar Maria, em fim de gestação, no jumento da
família. Daí ser o burro parte integrante, da, graciosa e gloriosa, cena do
Presépio.
– Será que Maria e José, sem coração, desprezaram o
animal que lhes pertencia e que tão bons serviços lhes prestava, abandonando-o
naquela sublime hora da história do “Rei dos Reis”?
Chamem-me louco ou outra coisa. Mas eu, e qualquer pessoa com o mínimo de inteligência e
consciência ética, sinto enorme dificuldade em acreditar em tão grande maldade.
E como isto é, sobretudo, uma questão de fé, no meu já
gasto coração, o burro constará sempre na cena do nascimento de Jesus.
E não digo mais nada!...
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