A beleza – aprendi, por mim próprio, em menino – não
se define por palavras, mas sente-se no coração e na alma através das emoções
e, depois, dos sentimentos que desencadeia em cada um de nós.
É por isso que aquilo que para nós pode ser tido como
belo, para outros será considerado feio, se não mesmo horrível.
Uma flor seca e descorada, achada entre as páginas de
um velho livro, pode, pelas sensações e memórias activadas, ser tomada como
bela, todavia, outra pessoa, por certo, a deitará ao lixo, rejeitando-a por a
classificar de feia, como tal, inútil. E, dando outro exemplo, uma trovoada
que, para muita gente, é horrível porque assusta e, ás vezes, causa danos, para
mim, é um dos espectáculos mais belos da Natureza.
Assimn sendo, quando se visita uma exposição de Arte,
é preciso ter em vista a emissão de nossa opinião, julgando mal uma obra e seu
autor apenas motivados (incorrectamente) pela emoção do momento, descurando
todos os outros factores (artísticos e técnicos) que constituem e estão
presentes no trabalho em apreço.
Não será assim?... Ou serei louxo?...
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