quinta-feira, novembro 29, 2012

Beleza


A beleza – aprendi, por mim próprio, em menino – não se define por palavras, mas sente-se no coração e na alma através das emoções e, depois, dos sentimentos que desencadeia em cada um de nós.
É por isso que aquilo que para nós pode ser tido como belo, para outros será considerado feio, se não mesmo horrível.
Uma flor seca e descorada, achada entre as páginas de um velho livro, pode, pelas sensações e memórias activadas, ser tomada como bela, todavia, outra pessoa, por certo, a deitará ao lixo, rejeitando-a por a classificar de feia, como tal, inútil. E, dando outro exemplo, uma trovoada que, para muita gente, é horrível porque assusta e, ás vezes, causa danos, para mim, é um dos espectáculos mais belos da Natureza.
Assimn sendo, quando se visita uma exposição de Arte, é preciso ter em vista a emissão de nossa opinião, julgando mal uma obra e seu autor apenas motivados (incorrectamente) pela emoção do momento, descurando todos os outros factores (artísticos e técnicos) que constituem e estão presentes no trabalho em apreço.
Não será assim?... Ou serei louxo?...

segunda-feira, novembro 26, 2012

Os animais do Presépio



O Papa Bento XVI diz, no seu último livro, que o burro e a vaca não têm cabimento no Presépio, pois são, apenas e só, figuras introduzidas, na Idade Média, (talvez) para representar a Natureza que Francisco de Assis tanto respeitava.
Não concordo com o Papa, já que se diz, nos textos sagrados, que José fazia transportar Maria, em fim de gestação, no jumento da família. Daí ser o burro parte integrante, da, graciosa e gloriosa, cena do Presépio.
– Será que Maria e José, sem coração, desprezaram o animal que lhes pertencia e que tão bons serviços lhes prestava, abandonando-o naquela sublime hora da história do “Rei dos Reis”?
Chamem-me louco ou outra coisa. Mas eu, e  qualquer pessoa com o mínimo de inteligência e consciência ética, sinto enorme dificuldade em acreditar em tão grande maldade.
E como isto é, sobretudo, uma questão de fé, no meu já gasto coração, o burro constará sempre na cena do nascimento de Jesus.
E não digo mais nada!...

sábado, novembro 24, 2012

O Karma

Perguntava, há dias, no Facebook, a minha Querida Amiga Paula Nelas: O que é o Karma?
Pois bem, respondendo a esta questão, direi de forma simplista, mas entendível. por toda a gente, que “é a (pré)disposição para…” ou de forma popularucha que “é destino cósmico”. Ah… ah… ah…
Chegado a este ponto da gargalhada – porque não acredito no destino, já que somos nós que o fazemos, com as nossas acções do dia a dia – apetece-me disparar (ou disparatar) com uma obscenidade, já que, a ser assim, nós (todos os portugueses) estamos a viver um Karma do caraças de que – refira-se . não somos culpados de forma directa e integral.
Estarmos a ser espoleados de nossos Direitos, com cortes nas nossas (já bem magras) remunerações e com sobrecargas fiscais.
Que raio de Karma é este?!...
- Porra que isto dói e ninguém quer!!!