Minha visão vai fugindo,
Em névoa de que não gosto:
O gozo de ler, sumido
O sonho em que mais aposto.
Meus olhos me vão traindo,
Com um véu de que não gosto:
A beleza destruindo
Na dor em que não aposto.
Ai, pobres e bons olhos,
Que me livraram de escolhos,
Conservai-vos por uns anos!
Suspendei os rudes danos
P’ra que torne a ser feliz,
Como quando era petiz!
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