Quedam medos sem destino, na alma de muita gente, mas, apesar de haver razão, que ninguém se deixe abater pelo acabrunhante desânimo. Os antigos diziam que «atrás de tempos, tempos vêm», no que, sejamos esperançosos e, também, muito realistas há imensa verdade, pois, no meio das tragédias, que nos assolam, acaba sempre por haver algo de bom que impele a seguir caminho, retirando os escolhos e lambendo as feridas.
Não é pondo-nos às “marradas” ao (no) muro das lamentações que solucionamos os problemas que nos afectam, tenhamos disso plena consciência. O que é preciso é seguir o conselho do Marquês de Pombal, ao afirmar, no Terramoto de 1755: «enterrem-se os mortos e cuidem-se os vivos!»
O terramoto económico e político que estamos a viver, não é maior, nem menor do que o daquela ocasião. Só que, naquela época, recorreu-se à ajuda dos nossos “velhos” aliados, os ingleses, agora a ajuda vem do FEEF e do FMI, afinal, vai dar ao mesmo.
Para “cuidar dos vivos”, Sebastião José de Carvalho e Melo, tratou de desenvolver a agricultura, a indústria e o comércio, da forma mais inteligente, ao alcance daquele tempo, promovendo a exportação de vinhos do Douro e outros produtos para Inglaterra e, naturalmente, dando trabalho a multidões de portugueses ociosos, como forma de reduzir a miséria, que, então, graçava.Tenhamos fé e não medo, e – vo-lo digo – surgirá, no meio da borrasca, um luminoso raio de Sol que nos salvará!....
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