sexta-feira, abril 01, 2011

"Censos 2011"

O Instituto Nacional de Estatística fez este Censo, ao que se vê, não para ser um instrumento de consulta e esclarecimento sobre o panorama humano português, mas, simples e legalmente, para cumprir calendário.

É triste que se tenha olvidado a questão de “quantas pessoas existem em Portugal com deficiência, e de que tipo de deficiência são portadoras?”

Enfim, perdem-se oportunidades soberanas de conhecer a realidade humana deste país que (quase) vai navegando num pélago “sem rei, nem roque”.

Será que, no Instituto, os funcionários não têm ou não conhecem pessoas com deficiência, para que assim as esqueçam? É lógico que eu (ninguém) não acredito em tal coisa! Então, por quê o esquecimento? Foi uma atitude política, para esconder a realidade? Receberam instruções superiores nesse sentido?

A confusão existe e persiste na mente das pessoas bem intencionadas e com desejo, efectivo e afectivo, de ajudar quem, na verdade, bem precisa.

É certo que a Vida, com e sem “censo”, prosseguirá seu rumo, de confusão e omissão, e o “navio nacional”, aos baldões, terá de singrar até, um dia, encontrar uma praia de abrigo, onde possa fazer aguada, varado na areia Contudo, bem mais fácil se tornaria, ao comandante, se tivesse, na sua carta de marear, coordenadas bem definidas e devidamente actualizadas.

- «Arriba, arriba meu gajeiro! Sobe ao mastro real, vê se enxergas terras de Espanha, areias de Portugal!...»

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