«Não é o sofrimento que destrói o homem. O que o destrói é o sofrimento sem sentido...» – Escreveu a minha muito querida, grande amiga e poetisa Terceirense Maria José Azevedo, no Facebook.
Embora não saiba se a frase é sua ou se é transcrição de algum autor que me não vem à memória, não deixa de ser verdadeira, ainda que pareça, numa primeira impressão, algo de muito trivial. Mas é da trivialidade – digo, da rotina – que surgem as grandes realizações da humanidade e mais: é na hora do sofrimento, seja ele qual for, que a fugaz chispa da construção humana impulsiona os criadores, tornando-os grandes e às suas obras.
Vive-se, em Portugal e no Mundo, uma hora atroz de dor e dúvida. Mas não «é o sofrimento sem sentido», porque o objectivo está bem à frente dos olhos: suprir as dificuldades e continuar avante, rumo a um futuro mais justo, mais verdadeiro e, sobretudo, feito com menos amargor e menores sacrifícios.
Neste contexto, irrompe de qualquer cérebro, capaz de o fazer, a questão: Será que, de tal sofrimento, vão ser espoletadas as bombas da criação que resolvam os problemas, tornando-nos, finalmente, felizes?
Apesar de nosso atávico optimismo, temos certas reservas, pois perdemos a confiança nos governantes, nestes e nos outros que, afincadamente, disputam o “poleiro” e, que o povo, de muito curta e fraca memória, estupidamente irá eleger.
Cala-te boca…!
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