sexta-feira, janeiro 14, 2011

… O “nosso Tempo”

«Quem quer bolota, trepa». Ou, como diziam antigamente as pessoas iletradas: «quem quer boletra atripa».

Este aforismo popular quer significar que, para se obter algo, urge trabalhar arduamente, como fazem os esquilos subindo e descendo as árvores na colheita de frutos de casca dura (bolotas, castanhas, nozes, avelãs, pinhões, amêndoas e outras) de que tanto gosta. E quer também dizer que é preciso, para se conseguir o sucesso sonhado, “suar as estopinhas” afim de ser obtida a nossa melhor valorização como pessoas.

Em tempos que o 25 de Abril de 1974 acabou, essa benesse era atingida, através dos favores de gente influente no Poder. Porém, ao que se vê e facilmente se entende, nos dias que correm, estamos, de novo, a chafurdar no “mundo da cunha” e do “compadrio” descarado e soez.

Trabalhar, lutar, estudar, ser honesto não é, agora, importante, nem necessário, basta ter (ou conhecer) alguém num lugar-chave da banca, da governação e/ou de qualquer outra coisa, para se alcançar o lucro e a realização de nossos objectivos. E mesmo que descubram e nos queiram destronar, é só arengar uma qualquer desculpa esfarrapada e, sem escrúpulos, ir em frente, descarada e desavergonhadamente, para que a vitória seja nossa.

Pobre Mundo e pobre Vida esta!.. Tanta burrice, ò Deus! Afinal, temos o que merecemos!...

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