(No dia da sua morte, com 50 anos)
Conheci-o era um jovem cheio de sonhos, e muito esperançado num país novo, acabadinho de libertar-se de uma pesada, injusta e indigna ditadura. Ficamos amigos. Mais que amigos, pois o nosso recíproco bem-querer não era comensurável.
O Júlio esteve sempre nos meus projectos e nas minhas realizações. Ele foi, de certa forma, uma das alavancas de alguns dos meus sonhos, quer no âmbito da reabilitação da pessoa com deficiência, quer na literatura (o meu romance, publicado na Net «O Cristal de Santa Luzia ou o Istmo Etéreo» tem prefácio seu), quer ainda em outras actividades culturais que desenvolvi nesta minha Cidade de Viseu.
Júlio Seabra da Cruz, para além de um homem culto e sensível foi, sobretudo, na minha óptica e no meu coração um amigo sempre de peito e alma aberta.
Por isso Júlio, meu Querido Júlio, nesta hora em que choramos a tua precoce partida para a Eternidade te digo com o coração aberto:
«Se lá no assento Etéreo onde subiste, memória desta vida se consente,» – como bem cantou Camões – recebe, com a grandeza imensa da nossa sincera amizade, um beijo de muito afecto da Maria Laura (minha esposa) e de mim
Até sempre Júlio.
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