quinta-feira, março 04, 2010

Lama (na) Política ou Política na lama?

Ao abrirmos uma janela para a vida, devemos sempre ver para onde ela vai dar para não corrermos o risco de, inadvertidamente, deixarmos cair algo que, depois, não possamos ir buscar.
Há janelas a darem para entulheiras, feias e fétidas, que conspurcam qualquer coisa que lá caia, tornando-a inaproveitável. Outras dão para correntes lodosas que tudo arrastam e destroem.
Na política, infeliz e lamentavelmente, por via dos homens que se servem e não servem, como lhes compete, estes dois tipos de aberturas sobre o Mundo são os mais comuns.
A lama, em política, suja, magoa e aniquila. Por isso, quem tem boa fé e está para servir, não pode expor-se, nem negligenciar a sua actuação, mesmo que haja - há sempre - quem, sem escrúpulos, encha as mãos e, sobretudo, a boca com ela e a atire em catadupa.
O Político tem de ser e estar imaculado, por mais lodo que o rodeie e lhe atirem. Mas conseguir tal não é tarefa fácil, nem, sequer, animadora. Vencer batalhas, rodeado de chacais e hienas esfaimados, é obra de gigantes e - vinque-se - de gente impoluta e desinteressada em si própria e nos seus proveitos.
Daí que questione: Quem é pior, os enlameadores ou o enlameado?...
Quem o souber que responda!... Eu sei, mas não digo!

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