sexta-feira, julho 17, 2009

Férias palavra agradável

Ir ou estar de férias é uma situação, nos tempos que correm, muitíssimo boa e agradável, pois revela que (ainda) se tem tal regalia, a qual é privilégio de quem tem emprego, o que, infeliz e lamentavelmente, não sucede com uma elevada percentagem de pessoas em Portugal e no Mundo, pois a crise económica, no âmbito do trabalho, está globalmente disseminada.
Ir ou estar de férias é não exercer, por uns dias, qualquer actividade de modo a que o organismo reponha as energias gastas ao longo de onze meses, a cumprir os mesmos gestos e acções.
Eu tinha (já não tenho, porque faleceu) um amigo - rectifico, quase irmão, fomos criados juntos - que, quando chegava esse período, nem a barba fazia, pois - dizia ele com ironia - também essa camada pilosa da face precisava de descansar do efeito de uma lâmina a rascanhar sobre a pele.
E o cérebro tem férias? Esta questão põe-se porque, sabe-se bem, mesmo a dormir, nós continuamos com essa parte corporal em actividade e mal de nós se assim não for. O que fazer, então, para pôr também a massa cinzenta de férias?
Simplesmente, dar-lhe outras actividades diferentes das habituais no dia-a-dia: ler; embrenhar-se na Natureza em saudáveis passeios de estudo; conversar com outras gentes; observar outros costumes e outras formas de ver e sentir as coisas e, sobretudo, amar (a si mesmo e aos que nos rodeiam ou, somente, se cruzam connosco) e respirar fundo absorvendo a vida que emana em torno de cada um de nós, elevando o nosso espírito para as mais altas esferas da transcendentalidade, tão esquecida na lufa-lufa do quotidiano.
Boas Férias para quem vai ou já as está a gozar!...

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