Meu avô e minha avó paternos, eram saudados, todas as manhãs pelo filhos e pelos netos com: «a sua bênção!...» Ao que respondiam, pousando uma mão sobre as nossas cabeças e aceitando, depois, um beijo : «Que Deus te abençoe e te faça um santo!»
Sessenta e quatro anos depois (tenho 72) dou comigo a pensar: Mas quem eram meus avós paternos, para se arrogarem com direito de abençoar ou maldizer seja quem ou o que fosse, mesmo remetendo para Deus esse sublime encargo?
Por outro lado, meus avós maternos, pessoas também muito religiosas, não usavam, nem incutiam nos seus familiares, tal tipo de saudação que era, naturalmente, substituída por um carinhoso e muito afectuoso beijo, acompanhado, a mais das vezes, por um, muito doce e terno, afago na face.
Não estou a dizer que fosse má a primeira saudação. O que - creio eu - me é lícito perguntar é por quê tal diferença no saudar?
Talvez porque os primeiros praticavam uma religião demasiado arreigada a rígidos princípios de subserviência clerical, enquanto os segundos pisavam (e ensinaram-me) a senda da Fé pelo raciocínio, pela busca de Deus sem peias e/ou dogmas a entravarem o nosso encontro com a espiritualidade, numa ascenção permanente e constante à perfeição e à transcendência universal, como forma humanamente credível de alcançar a prometida Vida Eterna de que Cristo tanto nos falou.
De que lado está a verdade? Da Fé cegamente fanática ou da Crença religiosa alcançada através do estudo, da análise e da ponderação?
Quem souber que o diga, se para tanto tiver conhecimento!...
Sessenta e quatro anos depois (tenho 72) dou comigo a pensar: Mas quem eram meus avós paternos, para se arrogarem com direito de abençoar ou maldizer seja quem ou o que fosse, mesmo remetendo para Deus esse sublime encargo?
Por outro lado, meus avós maternos, pessoas também muito religiosas, não usavam, nem incutiam nos seus familiares, tal tipo de saudação que era, naturalmente, substituída por um carinhoso e muito afectuoso beijo, acompanhado, a mais das vezes, por um, muito doce e terno, afago na face.
Não estou a dizer que fosse má a primeira saudação. O que - creio eu - me é lícito perguntar é por quê tal diferença no saudar?
Talvez porque os primeiros praticavam uma religião demasiado arreigada a rígidos princípios de subserviência clerical, enquanto os segundos pisavam (e ensinaram-me) a senda da Fé pelo raciocínio, pela busca de Deus sem peias e/ou dogmas a entravarem o nosso encontro com a espiritualidade, numa ascenção permanente e constante à perfeição e à transcendência universal, como forma humanamente credível de alcançar a prometida Vida Eterna de que Cristo tanto nos falou.
De que lado está a verdade? Da Fé cegamente fanática ou da Crença religiosa alcançada através do estudo, da análise e da ponderação?
Quem souber que o diga, se para tanto tiver conhecimento!...
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