Querida Cristina,
Obrigado pela deferência do teu Comentário que passo a transcrever:
«Está coberto de razão. Mas, desde já, deixe-me felicitá-lo por ser bisneto de tão gloriosa senhora. Certamente provou muitos deles e sabe bem a diferença entre eles e os de Tentúgal. Eu (desculpe-me a ignorância) não sei. Só provando um de cada no mesmo dia, e adoro os dois. O trabalho que dão, nem tão pouco tento imaginar, e o preço de cada um é certamente o devido.
Devo confessar que gostaria de aprender a confeccioná-los, no entanto sei que provavelmente não tenho condições para esticar a massa em casa.»
Disse , a respeito da minha "ínclita" bisavó materna »gloriosa senhora» e disse bem, pois, tendo ela sido criada e vivido em "berço de ouro" da fidalguia a que pertencia, foi heróica, aos quarenta anos, ao quedar viúva de alguém que, depois de. ao jogo, ter destruído toda a sua fortuna - como conto no meu livro "Dente de Cavalo" -, a deixou pobre e com 14 bocas ao redor da sua saia para alimentar e educar, não hesitou e, com a ajuda, moral e económmica, da Condessa de Prazias, colocou um avental e, arregaçando as mangas da blusa de cambvraia com rendas de fino traço, tornou-se pasteleira de mão-cheia, legando aos seus descendentes, a receita não só daqueles pasteis, mas também algumas outras, como o célebre e delicioso "folar de Vouzela". único no Mundo em doçura e leveza digestiva.
Quanto ao preço - dado o trabalho de confecção - poderá ser (actualmente) justo, todavia não é, acreditem, de modo nenhum, compensador. Minha mãe, no Maputo (Lourenço Marques), fê-los, por encomenda, para festas de Vouzelenses, mas, dizia ela, era trabalho a mais para muito curto pagamento.
Obrigado pela deferência do teu Comentário que passo a transcrever:
«Está coberto de razão. Mas, desde já, deixe-me felicitá-lo por ser bisneto de tão gloriosa senhora. Certamente provou muitos deles e sabe bem a diferença entre eles e os de Tentúgal. Eu (desculpe-me a ignorância) não sei. Só provando um de cada no mesmo dia, e adoro os dois. O trabalho que dão, nem tão pouco tento imaginar, e o preço de cada um é certamente o devido.
Devo confessar que gostaria de aprender a confeccioná-los, no entanto sei que provavelmente não tenho condições para esticar a massa em casa.»
Disse , a respeito da minha "ínclita" bisavó materna »gloriosa senhora» e disse bem, pois, tendo ela sido criada e vivido em "berço de ouro" da fidalguia a que pertencia, foi heróica, aos quarenta anos, ao quedar viúva de alguém que, depois de. ao jogo, ter destruído toda a sua fortuna - como conto no meu livro "Dente de Cavalo" -, a deixou pobre e com 14 bocas ao redor da sua saia para alimentar e educar, não hesitou e, com a ajuda, moral e económmica, da Condessa de Prazias, colocou um avental e, arregaçando as mangas da blusa de cambvraia com rendas de fino traço, tornou-se pasteleira de mão-cheia, legando aos seus descendentes, a receita não só daqueles pasteis, mas também algumas outras, como o célebre e delicioso "folar de Vouzela". único no Mundo em doçura e leveza digestiva.
Quanto ao preço - dado o trabalho de confecção - poderá ser (actualmente) justo, todavia não é, acreditem, de modo nenhum, compensador. Minha mãe, no Maputo (Lourenço Marques), fê-los, por encomenda, para festas de Vouzelenses, mas, dizia ela, era trabalho a mais para muito curto pagamento.
Sem comentários:
Enviar um comentário