quarta-feira, abril 22, 2009

Vem aí o 25 de Abril II

Há medida que a data do título desta crónica se aproxima mais medito sobre o evento e. ao fazer a retrospectiva destes últimos 35 anos, fico assaz preocupado, porque - como diria Vitorino Nemésio - «se bem me lembro» a esperança (um tanto eufórica, é certo) dos primeiros tempos após aquele momento histórico, a pouco e pouco, foi sendo assassinada (é o termo) e, hoje, vê-se esboroarem-se, um a um, todos os sonhos daqueles que, durante 48 anos, sentiram, na carne e na alma, as dores, as pressões e as sevícias físicas e psicológicas impostas por um regime altamente opressivo, impiedoso e anti-democrático.
E esta preocupação e constatação (não sendo por mim que sou velho e pouco mais viverei) é tanto maior quanto se vê e ouve gente, na força e flor da vida, a apoiar, sem disfarce, princípios e ideias que só poderiam passar pelas cabeças, perversamente, distorcidas de um Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e/ou Pinochet, esquecendo - como garante a ciência, através de estudos de ADN (ou DNA) - que só existe, entre os Homens, uma única raça: a Humana. O que há é, apenas, sub-grupos ou (chamem-se assim), etnias.
Que quem lidera Portugal (e o Mundo) não adormeça à sombra dos louros do seu Poder e tudo faça para que não se volte ao passado nacionaslista e fascista que nos castrou e subjugou por tanto tempo!...

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