Lembro-me perfeitamente de, uns anos após a II Guerra Mundial, termos vivido um longo período de tensão nervosa sob o medo constante e eminente do deflagrar de um conflito nuclear entre a extinta União Soviética e os Estados Unidos da América. A esse estado de dúvida e nervosismo alguém (e bem) apelidou de “Guerra Fria”..
O Mundo transformou-se, como era de esperar, a URSS desapareceu e com ela as políticas então vigentes; criaram-se novas nações; seguiram-se outros modos de ser e estar; surgiram ou ressurgiram pensamentos adormecidos, mas o nervosismo e a tensão, ao contrário do que seria de supor, não se extinguiram.
E… quase como por magia, explodiram, por todo o lado, sentimentos bélicos traduzidos em golpes de estado, guerras civis, guerrilhas, terrorismo e sei lá que mais, já não de forma fria como anteriormente, e sim, de modo aberto e desenfreado de homens e povos desvairados pelo ódio e pela ambição do poder e do ter.
Agora, se repararmos com atenção, estamos a viver uma “Guerra Quente” e bem quente, com milhares de mortos e feridos por todo o Planeta e com milhões de cidadãos com fome e em fuga constante e desesperada. Os Direitos Humanos são espezinhados de forma peremptória e descarada. Os homens roubam e exploram desapiedadamente outros homens e, lamentavelmente, tudo queda vergonhosamente impune. É o caos e a degradação moral e social dos valores primordiais das sociedades e, também, dos governos e dos governantes, num despotismo confrangedor de pôr os cabelos em pé.
Será que tudo isto não é Guerra? Será, pela disseminação planetária destes acontecimentos, que isto ainda não é uma Guerra Mundial?
Para mim, é uma guerra e uma guerra de proporções imprevisíveis, mas, em todo o caso, uma Guerra, uma Grande Guerra que a todos afecta e de cujas consequências, ninguém escapa tome-se disso a devida consciência. Não é, ainda – diga-se –, o Armagedão de que fala o Apocalipse, todavia não tarda muito que o seja efectivamente.
Como travar este, assustador, estado de coisas?
Não sei! Como é óbvio, gostaria de o saber! Sei, entretanto, que não podemos quedar-nos de “braços cruzados” e temos, por isso e para isso, de gritar, esbracejar e… por todos os meios ao alcance de cada um de nós, espalhar a Força e a Energia do Amor, pois só através dele os Homens se salvarão!
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