Quando era garoto, minha avó materna dizia que o país estava em crise económica e que, por via disso, havia que desenvolver esforços para se economizar o mais possível e, assim, enfrentarmos o futuro, graças a algumas reservas postas no fundo da burra. Queria ela, naturalmente, dizer que é fundamental criar-se um pé-de-meia que assegure uma velhice menos apertada e mais confortável.
Entendo a preocupação de minha avó, mas… aqui é que está o busílis da questão, hoje é praticamente inviável, com salários e pensões de reforma totalmente inadaptados às oscilações altistas da inflação, tentar, sequer, fazer qualquer tipo de economia. E a crise começa aí!
Bem sei que a situação não é só nossa, já que, de modo bem evidente, todo o mundo vive e sente o problema, mas… (lá vem outra vez a adversativa) ao que se vê, ninguém faz nada para modificar este feio quadro.
Quem o podia e devia fazer aumenta, desregradamente, os combustíveis, numa especulação estupidamente tresmalhada, como touro fugido dos curros, correndo louco e sem direcção definida. Entretanto, o pânico criado vai enchendo os cofres de quem é, já, escandalosa e vergonhosamente, rico, enquanto a plebe continua a empobrecer e a cair numa miséria confrangedora.
É um mundo de injustiça social e de discriminação financeira o que se vive angustiosamente no início deste Século XXI!
Que fazem os governantes e os políticos de todo o Mundo? Como sanar, de uma vez por todas, este cruel estado de coisas? Será que já nada vale a pena e só resta esperar a destruição e a morte para a seguir, do caos, ser construído um Mundo novo?
Não sei! Todavia, não deixo de erguer a minha fraca voz, pois pode ser que alguém, com poder e com vontade, ouça e lute pela alteração deste triste estado de coisas. É da utopia que surgem as grandes realizações capazes de voltar as páginas à História!...
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