«Quando não se gosta, põe-se na borda do prato» – ensinaram-me, quando era menino de tenra idade – porque menino continuo a ser, agora ainda mais, apesar de já ter ultrapassado as setenta Primaveras (ou “Invernos”, não sei).
Só que o rejeitar seja o que for, nem sempre é tão linear, quanto diz o aforismo atrás citado. A mais das vezes, tenho de “engolir sapos” bem difíceis de tragar, mas quem sou eu para me opor? A minha força é totalmente nula para contrapor àquilo que julgo não ser bom para mim ou para o meu semelhante.
O pensamento das pessoas nem sempre é executável no que elas desejam. Há entraves de toda a ordem e, o que é bem pior, (pré) conceitos tão disparatados a vencer que o melhor é engolir em seco, fazer uma careta de desagrado (ou de desagravo a nós mesmos) e prosseguir caminho, na esperança – tantas vezes mórbida – de que amanhã será outro dia, com o Sol a iluminar-nos e a aquecer-nos a alma e o corpo cansados de tanto serem vilipendiados e reprimidos.
Generalizando direi apenas que os políticos, do cimo dos cumes a que acederam e no despotismo do seu poder, deixam de ser gente e passam a máquinas calculadoras, a somarem dinheiro sobre dinheiro, e semáforos informatizados a sinalizarem, friamente, o rumo de quantos lhes estão abaixo. E é-lhes indiferente se daí advém dor e míngua. O importante é que a eles nada falte. O Povo que se esfalfe e desunhe e… empobreça a cada dia, como está, actualmente, a suceder devido á queda do poder de compra da maioria dos cidadãos.
Ai, meu país, meu país, para onde vais com tanto político insensível e ganancioso?!....
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