«Eles não sabem que o sonho comanda a vida…» – diz António Gedeão, no célebre poema intitulado “Pedra Filosofal”, musicado e cantado por Manuel Freire, talvez como modo de estimular os seus alunos (o poeta era, na vida profissional, o Professor Rómulo de Carvalho) a terem ideias e a aplicá-las, tornando aquilo que, certamente, parecia ser meros sonhos em realidade palpável e concretizada para o bem próprio e para o da humanidade.
Os sonhos desse poema são ideais (ou ideias) de grande nobreza e de grande utilidade para os homens e, por isso, são ética, filosófica, perfeita e politicamente correctos.
Todavia, apesar desse esforço de estimulação ou motivação positiva, vêem-se hoje muitos seres humanos sem capacidade de sonhar e de ir em frente, na busca de novos projectos que mudem o pensamento e a vida dos intervenientes das acções globalizantes do mundo em que (ainda) habitamos e onde se cometem erros, verdadeiramente, de “bradar ao Céu”.
… São as assimetrias sociais e económicas, cada vez mais notórias, entre os cidadãos; são as guerras e as revoluções gratuitas, porque sem nenhuns objectivos a não ser a ganância e são, abusivamente, os atentados à boa organização da mãe natureza.
Se isto é sonho, eu não quero mais sonhar!... Não quero ter mais ilimitadas projecções de esperança!... Nem quero desenhar mais um Mundo luminoso e belo que, afinal, só eu vejo e desejo!...
Que venha a irmã morte e me tire de tal pesadelo!...
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