«(…)O melhor do Mundo são as crianças! » – Disse Fernando Pessoa. Nós, naturalmente, como é óbvio, subscrevemos plenamente a afirmação.
Mas, infeliz e lamentavelmente, os órgãos de Comunicação Social, andam ainda carregados de notícias em que o pensamento pessoano é espezinhado descaradamente, por todo o tipo de indivíduos.
E o que nos repugna e dói é que, entre os causadores do mal da pequenada, estão também incluídas Instituições Oficiais que, negligentemente, não cuidam de acautelar situações, deixando escancarados buracos de esgotos de águas de saneamento ou pluviais; valas sem qualquer tipo de vedação que evite a queda de alguém e o seu consequente afogamento. Foi o caso, noticiado, de um bebé de 18 meses que veio a falecer por ter caído numa dessas “ratoeiras”.
Para que servem, os fiscais camarários? Não será seu dever alertarem os serviços competentes para as anomalias? Ou será que só lhes cabe passar multas, por coisas comezinhas e sem significado como, tantas vezes, sucede?
Em tempos idos, havia, em certos Municípios, funcionários encarregados de circularem, de olhos bem atentos, chamados pelo povo de “olheiros”, cuja obrigação laboral era, exactamente, detectarem todas as anomalias existentes que pudessem causar dano a quem quer que fosse e concretizar a sua rectificação.
Essa prática cabe – cremo-lo, hoje – aos Órgãos de Comunicação Social que, louvavelmente, estão, em permanência, a alertar para tudo, o que de mal, detectam. Todavia, os “governantes” e os políticos, sem que se entenda porquê, fazem “ouvidos de mercador” e deixam tudo “como dantes no Quartel-General em Abrantes”.
Como diria o saudoso Fernando Pessa: «E esta? Hein!...»
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